O digital muda os paradigmas da educação, oferece métodos e abordagens originais para formar cidadãos mais conscientes, dá novas oportunidades para ultrapassar limites físicos ou temporais.

A AlmavivA orientou durante quatro anos "A Cidade Educadora", o projeto de pesquisa industrial e desenvolvimento experimental que introduziu o uso das mais avançadas tecnologias digitais no desenvolvimento de modelos inovadores de ensino e aprendizagem em uma lógica de inclusão social.

O teste de protótipos pode contar com a contribuição de crianças, jovens, professores, coordenadores pedagógicos, gestores, profissionais de TI, idosos. Em um percurso que segue todas as etapas da aprendizagem. Começa pela entrada dos mais pequenos no mundo da educação, passa por escolas de todos os níveis, universidades, empresas e chega a envolver todos os cidadãos, mesmo os menos jovens, criando um conceito de treinamento contínuo no tempo e no espaço.

Co-financiado pelo Ministério da Educação, da Universidade e da Investigação, no âmbito do cluster "Tecnologias para Smart Communities", o Projeto envolveu a Rai e os departamentos do CNR de Engenharia, ICT e Tecnologias para a Energia e os Transportes (DIITET) e de Ciências Humanas e Sociais, Patrimônio Cultural (DSU). A parceria inclui a Fundação Reggio Children - Centro Loris Malaguzzi, as Universidades de Modena e Reggio (Unimore) e de Trento (UniTrento), bem como uma associação comercial temporária coordenada pela NetResults.

Os resultados

O projeto levou à criação de uma nova plataforma, chamada Città Educante (Cidade Educadora), através da qual são fornecidos serviços inovadores de ICT para a educação. Sua implementação envolveu atividades de pesquisa de cloud computing e collaborative sourcing, Internet das Coisas (IoT), redes sociais, análise automática de texto, vídeo e dados 3D, análise de big data, interfaces naturais e interativas, ajudas robóticas, sensoriais e pervasivas, da aprendizagem automática aos sistemas de busca.

Essas diretrizes de investigação científica e industrial levaram à obtenção de importantes resultados para a sociedade civil:

Alguns aplicativos inovadores desenvolvidos pela AlmavivA:

About me

Aplicativo móvel para plataformas Android e iOS que permite ao usuário (estudante ou cidadão) publicar seu próprio Curriculum Vitae Formativo (CVF). Graças a About Me, é possível criar um Curriculum Studiorum, certificado e completo com as qualificações obtidas gradualmente em sua própria vida formativa e profissional. O aplicativo também permite a certificação de competências extra-curriculares. O usuário pode criar diferentes CVF públicos e privados e compartilhá-los com outros usuários (cidadãos ou empresas) da plataforma.

Orto tecnologico

Aplicativo "Internet das coisas" (IoT) para o desenvolvimento de uma cultura ambiental e ecossustentável e para o ensino de botânica desde tenra idade. Através de sensores que detectam dados ambientais como luz, umidade e temperatura do solo, a plataforma comunica - para cada planta individual da horta - o estado de saúde e através de uma interface gráfica intuitiva explica para as crianças do ensino pré-escolar e fundamental o que devem fazer para garantir que as plantas não sofram e cresçam bem. A solução também disponibiliza estatísticas que descrevem o registro histórico das medições e o progresso da horta ao longo do tempo.

AstaLaVista

Aplicativo móvel para plataformas Android e iOS que permite a localização "interna" em edifícios, onde não é possível utilizar as informações fornecidas pelo GPS. AstaLaVista orienta o aluno ou o professor (e, em geral, o cidadão) dentro de edifícios (escolas, museus, escritórios, etc.) através de um mapa dinâmico, colocando-o no espaço e fazendo-o chegar na meta (por exemplo, uma sala de aula). A solução dispõe de uma interface de Realidade Aumentada, que sobrepõe setas direcionais e de radar no cenário real.

"Os resultados mais relevantes do projeto são aqueles que aprofundaram pesquisas no âmbito da inclusão social, como os sistemas didático-tecnológicos para o potenciamento cognitivo de crianças com deficiência intelectual e autismo; a criação de ferramentas para promover a aprendizagem e combater o abandono nos primeiros anos de estudo universitário; ou ainda a exploração de ambientes naturais suportados por tecnologias digitais, como a horta tecnológica, testada em escolas infantis e primárias, que permitiu às crianças interagir e mover-se simultaneamente na tecnologia e na natureza. A Cidade Educadora foi também mais além, com a concepção de uma tecnologia para promover o envelhecimento ativo". (Alberto Tripi)

São muitas etapas do projeto " Cidade Educadora" descritas neste livro: da exploração de ambientes suportados por tecnologias digitais, como a horta tecnológica nas escolas infantis e primárias de Reggio Emilia, à experimentação do "sistema de aula" para a transmissão e gravação de aulas na escola municipal Rosa Agazzi de Pisa. E mais: dos percursos interativos apoiados pela ICT para a compreensão da matemática através da resolução de problemas nas escolas de Turim, à aplicação de ferramentas para promover a aprendizagem nos primeiros anos de estudo acadêmico e durante a terceira idade na Universidade de Trento, até sistemas didático-tecnológicos para o potenciamento cognitivo de crianças com dislexia e autismo.