18-11-2024

A revista Milano Finanza, no último sábado, dedicou uma página inteira aos títulos corporativos, com um foco inteiramente dedicado ao título emitido pela Almaviva. Christian De Felice, CFO da Almaviva, entrevistado por Fausto Tenini, descreveu os detalhes.

"A Almaviva conseguiu aproveitar o ambiente favorável às emissões corporativas. De fato, um título de 725 milhões de euros foi emitido recentemente (cupom de 5%, denominação mínima de 100 mil euros e vencimento em outubro de 2030) com o objetivo de cobrir totalmente a aquisição da Iteris (volume de negócios anual de 180 milhões de dólares) e o reembolso antecipado simultâneo do empréstimo obrigacionista preexistente de 350 milhões de euros, com vencimento original em 2026".

"Foi uma emissão bem-sucedida porque, apesar do aumento das taxas em relação à última emissão em 2021, o preço saiu alinhado ao anterior, considerando também uma duração superior a 6 anos em vez de 5", comenta Christian De Felice.

"A qualidade do book é muito alta porque consiste nos investidores institucionais mais importantes, que nos acompanham continuamente desde 2017, quando entramos no mercado de capitais pela primeira vez. Com essa transação, estabilizamos a estrutura de capital para os próximos anos e isso nos permitirá manter o foco principalmente no negócio."

A demanda pelo título foi 2,4 vezes a oferta, mostrando um diferencial de rendimento, em comparação com o valor médio do BTP com o mesmo vencimento, com uma queda acentuada em relação à colocação anterior, +280 bps atuais (no momento da emissão) em comparação com +530 bps do título de 2021; um período em que, no entanto, as taxas estavam próximas de zero, enquanto hoje estão pouco abaixo de 3% nos vencimentos de 5 anos. Sinal de um aumento na percepção de credibilidade da empresa, sobre a qual a SeP e a Fitch se expressam, respectivamente, com as classificações BB e BB+.