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Turismo excessivo: nasce DIGIT, o projeto da Almaviva-SMACT para proteger o patrimônio cultural e promover o turismo inteligente

Turismo excessivo: nasce DIGIT, o projeto da Almaviva-SMACT para proteger o patrimônio cultural e promover o turismo inteligente

20-10-2025

Usar dados para gerenciar grandes fluxos turísticos de forma sustentável: esse é o objetivo alcançado pelo DIGIT, o projeto de tecnologia experimental desenvolvido pela Almaviva, um grupo global de inovação digital, cofinanciado como parte da concorrência IRISS, promovida pelo SMACT Competence Center. A plataforma construída usa sensores de IoT e algoritmos de IA que combinam dados passivos e ativos para monitorar em tempo real, prever e redistribuir fluxos turísticos, evitando a superlotação e protegendo o patrimônio.

O fenômeno do turismo excessivo, ou seja, o turismo de massa que superlota os destinos, criando inconvenientes para os residentes, coloca cada vez mais em risco o patrimônio cultural e os recursos dos destinos escolhidos, exigindo novas estratégias de governança sustentável. Nos últimos anos, a Almaviva investiu em tecnologias e soluções para ajudar as partes interessadas - públicas e privadas - em todo o mundo, na adoção de políticas eficazes para gerenciar fluxos, valorizar e proteger o patrimônio cultural. 

É dentro desse marco que o DIGIT, acrônimo de "Destinos Inteligentes para o Gerenciamento do Impacto do Turismo”, se encaixa. O projeto visa garantir um turismo sustentável, determinar antecipadamente os fluxos e impactos turísticos em termos de espaço e tempo, evitar superlotação e promover áreas alternativas nos macrodestinos, especialmente durante grandes eventos e picos de fluxo devido à alta sazonalidade. 

O DIGIT usa modelos de inteligência artificial, tecnologias de IoT e tecnologia avançada de sensores para monitorar o fluxo de visitantes e fornecer dados analíticos para suporte a decisões. A plataforma processa as informações cruzando dois tipos diferentes de fontes: passivas, como presenças levantadas por órgãos de estatística (como o ISTAT na Itália), sistemas de pagamento, emissão de bilhetes e open data relacionados a territórios ou vinculados a sistemas de transporte 

público, e fontes ativas, de sensores de IoT ou câmeras inteligentes, que permitem a detecção de presença, movimentos e comportamento dos turistas, respeitando sua privacidade e, portanto, sem nenhum tipo de identificação.

"Com o projeto DIGIT, pretendemos responder a um dos desafios mais relevantes do turismo contemporâneo: a gestão sustentável dos destinos turísticos em um contexto de pressão crescente, para dar continuidade ao processo de digitalização de dados territoriais e proteção do patrimônio, que a Almaviva vem incluindo há anos em suas prioridades tecnológicas a serviço da Itália", disse Andrea Casadei, SME da practice Cultura, Turismo e Entertainment.

O desenvolvimento do projeto consistiu em três fases complementares. Inicialmente, realizou-se uma análise das práticas recomendadas internacionais nas áreas mais propensas ao turismo excessivo, acompanhada pelo estudo de fontes estatísticas, como dados sobre frequência de turistas, gastos de visitantes e fluxos telefônicos. A segunda fase transformou essas informações em modelos de implementação e previsão, capazes de estimar e antecipar as tendências de fluxo e os impactos da pressão turística, graças à integração de diferentes bancos de dados em um único sistema de análise e elaboração de relatórios. A última fase, dedicada à validação de campo, verificou a eficácia dos modelos por meio de dados reais e casos concretos, com o objetivo de oferecer aos destinos uma ferramenta estratégica para o planejamento e a governança sustentáveis.

O projeto da Almaviva envolveu a colaboração da Universidade Ca' Foscari de Veneza e de duas empresas: Digital Strategy Innovation, para a aplicação de tecnologias de inteligência artificial, e GreenIot, para a realização de soluções de IoT. 
 

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